Dr. Humberto Calicchio
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Psiquiatria & Psicoterapia
em Campinas
Transtorno de Pânico e Agorafobia
Transtorno de Pânico. (TP)
Ataques de Pânico.
Agorafobia.
TP: Ataques de Pânico recorrentes e ansiedade antecipatória em relação a novos ataques.
Agorafobia: pacientes tem uma tendência a se esquivar de situações que podem provocar ansiedade ou Ataques de Pânico.
Transtornos de Ansiedade:
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TAG
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TP: prevalência 1,5 a 5,1 %
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Agorafobia: 3,4 a 13,4 %
História:
Divisão na nomenclatura ansiedade - depressão se deu há pouco mais de 100 anos. Palavra ansiedade vem do termo anshein, angustus, angur - oprimir, estrangular, sufocar, desconforto e falta de ar.
Descrições de TP vem desde a Grécia Antiga onde indivíduos apresentavam pavores súbitos e sem causa aparente quando percorriam a estradas ou iam ao mercado.
Ágora - praças públicas - mercados - em grego.
Havia a descrição de que estas crises de ansiedade se davam devido a possibilidade de que nas florestas o viajante poderia encontrar o deus Pan.
Dizia-se que havia uma grande estátua do deus Pan na ágora de Atenas e que muitos não se dirigiam ate lá para não encontrar esta estátua. Crises de ansiedade provocadas pelo deus Pan eram chamadas de crises de pânico e o medo de espaços abertos ou públicos era denominado agorafobia.
Ate 1850 síndromes de ansiedade eram vinculadas a depressão, mas, por outro lado, cada sintoma físico isolado era visto como um sintoma médico.
Em 1894, Freud descreveu a neurose de angústia, como entidade independente da neurastenia, separando assim, pela primeira vez, a ansiedade da depressão na história. Neurose de angústia determinaria os seguintes estados: agorafobia, crises agudas de ansiedade e estados crônicos de ansiedade.
No início do século XX Emil Kraeplin, descreveu as crises de ansiedade associadas a inúmeros sintomas somáticos e que estas também poderiam vir ligadas a agorafobia. Relatou também que a melhora das crises de ansiedade nem sempre eram acompanhadas da melhora das crises de agorafobia e que estas poderiam permanecer indefinidamente.
Em 1959, Donald Klein observou melhora clínica dos pacientes com ataque de pânico e agorafobia após algumas semanas com tratamento com imipramina.
Em 1980 surge pela primeira vez o termo Transtorno de Pânico como diagnóstico médico oficial, diagnóstico este que se manteria nas demais revisões.
Síndrome de Pânico baseia-se em três pilares:
1. Ataques de Pânico
2 . Ansiedade antecipatória
3. Esquiva ou evitação fóbica
Para o diagnóstico de TP seja feito é necessário que os Ataques de Pânico sejam recorrentes e haja graves prejuízos nas vidas afetiva, laboral e social do indivíduo, com medo de ter novos Ataques de Pânico.
Ataques de Pânico: quadros de ansiedade de início abrupto com pelo menos 4 dos sintomas físico-psíquicos abaixo:
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Falta de ar ou sensação de asfixia
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Vertigem, sensação de desmaio ou instabilidade
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Palpitações ou taquicardia
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Tremores ou abalos musculares
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Sudorese
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Sensação de sufocamento
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Náusea ou desconforto abdominal
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Despersonalização ou desrealização
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Anestesia ou parestesias
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Ondas de calor ou frio
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Dor ou desconforto no peito
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Medo de morrer
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Medo de enlouquecer ou perder o controle
Situações desencadeantes de agorafobia:
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Estar sozinho em casa
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Sair sozinho de casa
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Afastar-se de casa
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Locais com muitas pessoas
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Locais sem pessoas
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Elevadores
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Túneis
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Pontes
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Estradas
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Transito
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Meios de Transporte
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Supermercados
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Lojas de Departamento
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Cinemas
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Auditórios ou estádios
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Shoppings
O diagnóstico de agorafobia em pacientes que nunca tiveram TP é raro, contrariando a CID 10.
Epidemiologia:
O TP é três vezes mais comum em mulheres, e mais de 3/4 das pacientes com agorafobia são mulheres. As mulheres tem também maior tendência a comorbidades como Depressão Maior e Transtorno de Pânico.
A idade de inicio do TP tem um padrão bimodal com um pico entre 15 e 24 anos de idade e outro pico entre 45 e 54 anos de idade. Sendo o segundo pico menor que o primeiro.
Tratamento:
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Medicamentoso:
ISRS - classe medicamentosa abundantemente usada desde a década de 1990, sendo aprovada pelo FDA para o tratamento do quadro de Pânico e suas variações. Tem como representantes: Fluoxetina, Citalopram, Escitalopram, Sertralina, Fluvoxamina, etc...
Há também indicação para o tratamento dos quadro acima descritos o antidepressivo de ação dual, cuja espectro de ação é dose dependente denominado Venlafaxina.
Os benzodiazepínicos podem ser usados associadamente ou em monoterapia, privilegiando-se o uso associado aos antidepressivos devido ao potencial de abuso e dependência.
Em casos refratários podem ser usados outros antidepressivos duais, antidepressivos triciclicos, mirtazapina e a associação das medicações acima com: antidepressivos tricíclicos, antipsicóticos atípicos - como olanzapina e aripiprazol e anticonvulsivantes como a Gabapentina.
2. Psicoterápico
Terapia Cognitivo Comportamental
Terapia de orientação analítica.